quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pacata Juventude

Segue pacífica minha geração, será por que a paz esta restabelecida, ou é o medo de encarar? Temo que esse suposto sossego seja um cavalo de Tróia, pronto para nos pegar de surpresa, dele sairá um exército da impunidade, armados com corrupção, pela política ou pelo policial que se corrompe.
Cadê os heróis que morriam de overdose? Agora vejo que realmente nossos inimigos estão no poder. Cadê os manifestos, greves, passeatas? Nossa voz foi abafada por uma falsa tranqüilidade. Até hoje não entendo essa juventude pacata, desleixada. Que adora falar de seus direitos de cidadão, mas nunca param para pensar seus deveres cívicos; coloca toda a culpa no governo, sendo que esse governo foi eleito por nós. “Mas ele prometeu e não cumpriu!”, então o faça cumprir. Não fique acovardado, se sentindo um derrotado, pois nossa luta apenas começou.
O futuro é o reflexo do passado, mas se o passado foi sujo, por que então o deixar refletir. Quebre esse espelho, ele não lhe contribuirá em nada. Agora vistam suas armaduras de esperança, mesmo que seja um feixe. Em punhos toda a coragem, o tilintar das lâminas será a canção da revolta. Avante!
Ontem opressão, hoje liberdade demais. O liberto infelizmente não entende sua liberdade, goza dela sem compreender seu significado, veste ela sem compreender sua tendência. Escuta liberdade sem compreender sua música. Essa juventude tão colorida ou aquela que é incolor, escondida numa realidade de seus antecedentes, precisam inovar e procurar uma nova identidade e não viver a dos outros.
É muito fácil ficar cômodo sentado sem fazer nada, apenas criticando, dizendo o que poderia ser feito para mudar. Chegou à hora de deixar de falar e começar a agir. Chegaram á hora de  nossos gritos despertando a cidade, indo entre os asfaltos e vielas, formar um só hino. Pode até ser utópico. Mas é bom sonhar. E melhor ainda é tornar esse sonho uma realidade.       

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